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Câmara Municipal aprova mudança do nome de Rio Verde, e agora população decidirá o futuro

Uma decisão que vai além da política e entra para a história. Em um passo que une identidade, orgulho regional e conexão com a natureza, a Câmara Municipal de Rio Verde de Mato Grosso aprovou a proposta de alteração do nome do município para “Rio Verde do Pantanal”. Agora, caberá à população decidir, por meio de plebiscito, se esse novo capítulo será oficialmente escrito.
A proposta, que reverbera sentimentos de pertencimento e respeito ao bioma pantaneiro, pretende alinhar o nome da cidade à sua geografia, cultura e essência natural. Localizada às margens do majestoso Rio Verde e profundamente influenciada pelo ecossistema pantaneiro, a cidade sempre foi uma guardiã do Pantanal — ainda que isso não estivesse, até então, refletido em seu nome.
A mudança carrega mais do que letras: carrega valores, identidade e reconhecimento. “Rio Verde do Pantanal” surge como uma declaração de amor à terra, às águas e à biodiversidade que moldam a vida de seus moradores. É uma forma de dizer ao Brasil e ao mundo: “Estamos aqui, no coração do Pantanal.”
Com a aprovação do projeto na Câmara, o próximo passo será a consulta popular. O plebiscito será o momento em que cada voto carregará mais do que uma opinião: carregará história, memória e visão de futuro.
A iniciativa é vista como uma resposta ao desejo coletivo de maior representatividade cultural e ambiental, além de abrir portas para o turismo ecológico e valorização do patrimônio local.
Adotar “do Pantanal” no nome é mais do que um gesto simbólico: é um posicionamento estratégico e afetivo. A cidade poderá reforçar sua imagem como destino turístico, porta de entrada para o ecoturismo e símbolo de preservação ambiental. Além disso, a mudança reforça a luta por políticas públicas voltadas à proteção do bioma.
Para muitos moradores, a alteração representa também uma valorização das raízes e da alma da cidade. Afinal, o Pantanal não está apenas nos mapas — está no ar que se respira, na paisagem que encanta, na fauna que surpreende e no povo que resiste.
A data do plebiscito será anunciada em breve, e a expectativa é de ampla participação popular. Independentemente do resultado, o momento já entrou para a história do município como uma demonstração vibrante da força da democracia local.
Porque, no fim, nomes importam. Eles contam quem somos, onde vivemos e como queremos ser lembrados.
Um momento decisivo: mais que administrativo, um gesto simbólico
A Câmara Municipal aprovou o projeto que propõe a mudança do nome da cidade para “Rio Verde do Pantanal”. Agora, cabe ao povo decidir, em um plebiscito, se esse novo nome irá batizar oficialmente o município fundado em 16 de dezembro de 1953.
Criada pela Lei nº 707, a cidade nasceu a partir do distrito de Coronel Galvão, que antes pertencia aos municípios de Coxim e Corguinho. Ao longo das décadas, cresceu sob a sombra dos ipês, entre campos alagados, rios caudalosos e um céu que parece mais azul quando refletido nas águas do Pantanal sul-mato-grossense, um dos biomas mais preciosos e reconhecidos do planeta.
A mudança, no entanto, vai muito além de uma troca de palavras. Ela representa um ato de pertencimento geográfico, histórico e simbólico ao Estado de Mato Grosso do Sul. Afinal, por décadas, o nome atual confundiu turistas, veículos de imprensa, empresas e até órgãos públicos, fazendo muitos pensarem que o município pertencia ao vizinho Estado de Mato Grosso.
Agora, o “MT” sai do papel. E Rio Verde pode, enfim, se afirmar de forma clara: somos do MS. Somos do Pantanal.
Turismo e identidade: as belezas naturais de Rio Verde
Ao reforçar sua identidade pantaneira, o município também valoriza seus principais atrativos turísticos, verdadeiros cartões-postais que contribuem para sua vocação ecológica e cultural:
• Cachoeira das Sete Quedas – Localizada a apenas 12 km da área urbana, é um dos pontos mais visitados da região, com trilhas, piscinas naturais e rica biodiversidade.
• Balneário Sete Quedas – Área de lazer com infraestrutura para banhistas e turistas, ideal para o ecoturismo familiar.
• Parque Natural Municipal dos Ipês – Um espaço de preservação ambiental dentro da cidade, com trilhas ecológicas e observação de aves.
• Rio Verde – O rio que dá nome à cidade é também ponto de pesca esportiva, passeios de barco e contemplação da fauna pantaneira.
• Mirante do Cruzeiro – Oferece uma vista panorâmica da cidade e de parte do Pantanal, especialmente ao pôr do sol.
• Cavalgadas e festas tradicionais – As manifestações culturais, como as cavalgadas ecológicas, resgatam a tradição sertaneja e fortalecem a identidade regional.
Esses atrativos fortalecem o potencial turístico da cidade e sustentam o argumento de que o novo nome pode impulsionar o desenvolvimento sustentável com foco no ecoturismo.
Duas visões legítimas: tradição e renovação
A proposta de alteração gerou reações intensas e distintas. Parte da população defende a mudança como forma de valorização turística, cultural e ambiental, conectando a cidade de maneira mais direta ao Pantanal — não só geograficamente, mas também em sua imagem pública e papel estratégico no ecossistema.
Outros moradores, no entanto, preferem manter o nome atual, argumentando que “Rio Verde de Mato Grosso” carrega história, tradição e afeto construído por gerações. Para esses cidadãos, mudar o nome seria, de certa forma, apagar parte de suas raízes.
A cidade se encontra, assim, entre dois sentimentos legítimos: a preservação de sua história e o desejo de evolução com uma nova identidade.
Se aprovado no plebiscito, o nome “Rio Verde do Pantanal” será não apenas uma nova denominação oficial, mas também uma ponte para o desenvolvimento turístico, ambiental e cultural da região.
Uma cidade, um bioma, uma missão
A mudança visa reforçar a identidade pantaneira do município, destacando-o como destino estratégico para o ecoturismo e como defensor do bioma. Afinal, o Pantanal não é apenas um lugar — é uma marca, uma missão, um orgulho.
A realização do plebiscito será o ápice deste processo democrático. A população será chamada a votar e escolher qual nome deseja ver nos documentos, nas placas e, principalmente, no coração da cidade.
Independentemente do resultado, o plebiscito já representa uma vitória da democracia participativa, mostrando que a identidade de uma cidade se constrói com a voz de quem a vive todos os dias.
O Pantanal, maior planície alagável do mundo e um dos biomas mais biodiversos do planeta, é parte indissociável da alma de Rio Verde. Associar o nome da cidade a essa riqueza natural pode fortalecer políticas públicas, turismo sustentável e a valorização do patrimônio ambiental.
Seja qual for o nome escolhido, Rio Verde continuará sendo uma cidade linda, rica em belezas naturais, de povo trabalhador e acolhedor.

Fonte: Diário do Estado

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